terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Contribuindo para um mundo melhor



Desde sua origem, a Natura pensa em formas de diminuir seu impacto no meio ambiente e desenvolve ações para concretizar esse compromisso. Um exemplo é que, desde 2007, é uma empresa Carbono Neutro, ou seja, oferece produtos cosméticos com as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) totalmente neutralizadas.
Além de adotar práticas sustentáveis para reduzir ao máximo as emissões em suas atividades em 2008, a companhia optou por compensar o que não pôde ser evitado por meio de apoio a quatro projetos de reflorestamento e de melhorias na forma de obtenção de energia.
O caminho da sustentabilidade
A escolha das iniciativas apresentadas, feita por meio de edital público, levou em consideração seus benefícios socioambientais, como geração de renda, e benefícios para a conservação da biodiversidade, além do perfil inovador das propostas.
Juntos, os projetos estão compensando 198 mil toneladas de CO2e, um volume ainda maior do que o total emitido por nossas operações em 2008. Conheça um pouco mais sobre os projetos selecionados:
Nome: Carbono, Biodiversidade e Comunidade no Corredor Ecológico Pau Brasil
Tipo: Restauração Florestal
Localização: Parque Nacional do Pau Brasil e Parque Nacional do Monte Pascoal (Porto Seguro, BA)
Objetivo: promover a conservação da biodiversidade e restabelecer um corredor de vegetação nativa que
unirá dois fragmentos protegidos de Mata Atlântica.
Parceiro: Instituto BioAtlântica (IBio)
Volume de compensação: 79.050 toneladas de CO2e
Resumo:
A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do planeta e, mesmo restando menos de 10% de sua cobertura florestal original, ainda abriga inúmeras espécies animais e vegetais e garante a manutenção de serviços ambientais essenciais para a qualidade de vida da população brasileira.
O projeto tem como objetivo a promoção do reflorestamento para restabelecer um corredor de vegetação nativa que unirá dois importantes fragmentos protegidos de Mata Atlântica: o Parque Nacional do Pau Brasil e o Parque Nacional do Monte Pascoal, ambos no Estado da Bahia. O corredor promoverá o fluxo da biodiversidade nos fragmentos de Mata Atlântica localizados entre as duas unidades de conservação e em outros remanescentes florestais da região.
Os objetivos da restauração ambiental são:
  • Contribuir para a mitigação das mudanças climáticas pelo aumento do estoque de carbono, por meio do crescimento de árvores plantadas e do incremento da regeneração natural.
  • Fornecer habilidades técnicas, trabalho e renda para a comunidade local.
  • Promover a conservação da biodiversidade, por meio da criação de áreas com florestas, conectando os parques nacionais do Pau Brasil e do Monte Pascoal e favorecendo a conservação de espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região.
  • Aumentar a qualidade e estabilizar o fluxo de águas no rio Caraíva, por meio de ações de reflorestamento e proteção das nascentes e matas ciliares.
  • Reduzir a erosão do solo.
Para cumprir os objetivos relacionados com a remoção do carbono atmosférico, que acontecerá por um período de 30 anos, 250 hectares de áreas degradadas serão restaurados com o plantio de mudas de espécies nativas e de técnicas de regeneração assistida.
O projeto criará novas oportunidades de renda para a comunidade local, que atuará em atividades como coleta de sementes, produção de mudas, plantio e manutenção da atividade de restauração. Além disso, todas as atividades de monitoramento socioambiental serão acompanhadas por membros das associações comunitárias locais.
Nome: Uso de Biomassa Renovável em Indústrias Cerâmicas
Tipo: Energético
Localização: Alagoas
Objetivo: substituir lenha nativa utilizada nos fornos de cerâmica por fontes renováveis.
Parceiro: Consultoria Carbono Social
Volume de compensação: 60 mil toneladas de CO2e
Resumo:
A maior parte da indústria de cerâmica no Brasil utiliza, para a queima das peças, sistemas energéticos com impactos negativos na natureza. Muitas fábricas têm como combustível a energia térmica obtida com a queima da lenha nativa para a cocção dos tijolos e telhas. Essa lenha não é considerada uma biomassa renovável, uma vez que não existe efetiva reposição e todo o CO2e capturado durante seu crescimento, no momento da queima, volta à atmosfera. Outro agravante da prática é a contribuição para o desmatamento, um dos principais fatores de emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil.
O projeto propõe alternativas sustentáveis para a substituição da madeira por fontes renováveis em duas indústrias ceramistas localizadas no Estado de Alagoas. No lugar da lenha, serão empregadas biomassas renováveis como bambu, serragem, casca de coco e bagaço de cana. Ao utilizar essas biomassas, o projeto também ajudará em alternativas de reuso de resíduos gerados.
Com a troca da fonte de energia, além da redução de emissões, é evitado o desmatamento e há um impulso para a manutenção de empregos na região.
Nome: Carbono Socioambiental do Xingu
Tipo: Florestal
Localização: Mato Grosso
Objetivo: promover a recuperação florestal de áreas de preservação permanente (APP’s) degradadas nos recursos hídricos formadores do Rio Xingu.
Parceiros: Instituto Socioambiental (ISA) e Instituto Centro de Vida (ICV)
Volume de compensação: 40 mil toneladas de CO2e
Resumo:

O Rio Xingu é um dos mais extensos e importantes afluentes do Rio Amazonas e engloba importantes biomas. A região vem sofrendo uma forte pressão decorrente do processo de ocupação e de expansão da fronteira agrícola e se situa ao longo do chamado “arco do desmatamento”, onde ocorrem as mais elevadas taxas de desflorestamento na Amazônia brasileira. Além disso, nas cabeceiras do Xingu existem mais de 22 mil nascentes que contribuem para a formação de diversos rios, a maioria com pouca proteção ciliar.
Esse projeto faz parte da campanha “Y Ikatu Xingu”, desenvolvido desde 2004 na região das cabeceiras do Xingu, com o objetivo de promover a recuperação de Áreas de Preservação Permanente dos cursos d’água (APP) – matas ciliares e nascentes degradadas, nos formadores do Rio Xingu, no Estado do Mato Grosso.
A campanha envolve diversas frentes de atuação, como a comunidade indígena, pesquisadores, organizações da sociedade civil, produtores e trabalhadores rurais, assentados, movimentos sociais e governo, entre outras.
Especificamente para a compensação das emissões geradas pela Natura, o projeto prevê a remoção do carbono ao longo de um período de 30 anos, com a recuperação de 116 hectares de APPs (Áreas de Proteção Permanentes) degradadas, nos municípios de Canarana, São José do Xingu, Querência, Cláudia e Marcelândia, onde o ISA, o ICV e seus parceiros estabeleceram parcerias com as prefeituras municipais.
Um ponto importante do projeto é a tecnologia inovadora que inclui o plantio mecanizado de sementes para a recomposição da vegetação nativa, envolvendo os funcionários das propriedades e aproveitando a infraestrutura do modelo agropecuário utilizado na região.
Também está sendo estruturada uma rede para a coleta de sementes que mobiliza pequenos produtores e populações indígenas para a coleta de material em campo. A rede de sementes tem se mostrado fundamental para assegurar a disponibilidade deste insumo para o desenvolvimento dos projetos e está gerando uma nova alternativa de renda a essas populações, agregando valor socioambiental às suas iniciativas. Atualmente, a coleta de sementes envolve famílias de comunidades indígenas dentro do Parque Indígena do Xingu, além de famílias agricultoras de sete municípios da bacia do Xingu.
Nome: Fogões Eficientes no Recôncavo Baiano
Tipo: Energético
Localização: Bahia
Objetivo: substituição dos fogões a lenha de 1.000 famílias da região do Recôncavo Baiano por modelos eficientes e menos poluentes, diminuindo a poluição dos ambientes internos e o desmatamento em virtude do grande consumo de lenha.
Parceiro: Instituto Perene
Volume de compensação: 18.880 toneladas de CO2e
Resumo:
No meio rural, a lenha é o principal combustível usado pela população de baixa renda para o cozimento doméstico. No entanto, os fogões a lenha estão associados a uma série de problemas, como as altas emissões de gases de efeito estufa e o consequente desmatamento em virtude do grande consumo de lenha. Somam-se a isso também os danos à saúde, principalmente entre crianças e mulheres, que são vítimas da poluição do ambiente interno, sujeitos diariamente à fumaça e às partículas produzidas pelos fogões comumente utilizados na área rural.
Os fogões rudimentares serão substituídos por uma tecnologia mais eficiente, menos nociva às famílias e com um consumo reduzido de lenha. Dessa forma, o impacto para obtenção e queima dessa matéria-prima será reduzido. Com o projeto, que compensará parte das emissões da Natura em um prazo de aproximadamente oito anos, 1.000 famílias da região do Recôncavo Baiano estão sendo beneficiadas.
A substituição é orientada pelos seguintes vetores:
  • alta eficiência energética
  • eliminação da fumaça no ambiente interno
  • onga durabilidade dos equipamentos
Com a implementação dos fogões eficientes, o projeto irá reduzir as emissões de GEE das famílias envolvidas em até 60%, contribuindo para a proteção dos remanescentes de Mata Atlântica e melhorando a qualidade de vida daquela população.